quinta-feira, 21 de junho de 2012

ao som das ondas

O sol estava forte. Encandeava. Senti a frescura da maresia e conforto ao ouvir o som das ondas. Tudo o que é desordenado encontra a paz, perto dos reinos de Neptuno. Cheguei mais perto e molhei os pés na espuma das ondas. Que bom que é estar em casa.
Quando vinha para cá tive a esperança de te encontrar. Tive a esperança que não fugisses de mim. Esqueci-me, por momentos, que sou eu a escorregadia.
Eu quero continuar este caminho, mas o sol está tão quente, tão acolhedor. Deixo-me ficar por aqui a absorver a sua luz. Lembro-me de ti, do teu riso e da maneira como passavas a mão no meu cabelo. Lembro-me de como era rir por coisas parvas e que, sem fazerem sentido, tinham todo o sentido do mundo. Lembro-me de ti. Lembro-me de nós.
É bom ter lembranças tão doces. É bom saber que não somos agora, mas fomos um dia.
Levo-te comigo e continuo o meu caminho, agora já com o sol a beijar o mar e a lua a voltar a casa.
Levo-te comigo e fico contigo, até ao próximo dia.