terça-feira, 25 de novembro de 2014

Mais do mesmo

Ah e tal e só fala na casa e na vista e na vizinhança e no colchão que é uma maravilha e na varanda e nos livros que lá vai ler e tudo e tudo. Mas estou feliz. Genuinamente feliz.
Sei que é um bem material, sei que há coisas que valem mais e melhor. Mas neste momento, esta felicidade é minha. O meu canto. O meu espaço. As minhas coisas.  A minha maneira.
Vou ser feliz aqui, já sou feliz aqui. Venham ser felizes comigo. Aqui.
A felicidade não é o fim, mas o caminho.

domingo, 23 de novembro de 2014

#happydays

A felicidade é curiosa, eu diria mesmo que a felicidade é estranha. Quando estamos mesmo felizes sentimos uma serenidade que é paz e alegria. Que é quietude e agitação.  Que é bom e assustador.  Que não queremos que acabe e que gostaríamos que fosse mais. 

A felicidade é estranha de boa.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

"... Café fresco, lençóis lavados, amor feliz."

Cama grande onde cabem dois à larga, mesmo quando não se amam. Lençóis de linho bordados pelas mãos enrugadas da única avó da família. Andar à vontade, com pouca roupa ou nenhuma. Arrumar tudo no lugar, que eu escolhi e recordo. Tudo fora do sítio. Tudo a tomar o seu lugar. O sofá largo, mas pequeno, onde já imagino tardes de domingo na companhia de um clássico e um tinto, ou então pipocas. Jantares. Amigos. Risos e comida. Velas. Em todo o lado e não só pela falta de luz. Varandas viradas ao amarelo do sol do dia e ao laranja das luzes da noite. Felicidade. Paz. Pertença. Um sonho antigo. Abrigo. Uma aldeia no meio da capital. Tudo perto e tudo no lugar. Casa nova, vida nova, que já não espera para começar. 

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Aquele momento clichê

Esse mesmo. Aquele em que percebemos que estamos demasiado cheios de nós próprios para conseguir ver o mundo. Aquele momento que percebemos que estamos a sofrer à toa porque o que foi já não se pode mudar. Apenas se pode criar o que vem aí. Aquele momento em que nos apercebemos que temos sido tudo aquilo que juramos jamais seriamos, e que isso não tem qualquer problema como não tem qualquer problema sofrer e nisso ser igual a toda a gente. Aquele momento que percebemos que nem fomos assim tão felizes e que na verdade há muito mais a ganhar daqui para a frente do que se perdeu no que ficou para trás. Aquele momento que damos razão a todas as outras pessoas, mas nos perdoamos a nós próprios, porque crescer dói e leva tempo. E cada um tem o seu tempo próprio. Aquele momento em que percebemos que somos iguais aos outros no sofrimento, apenas podemos ser únicos no amor. 

terça-feira, 4 de novembro de 2014

"Sou teu amigo, sim. Tens um amigo em mim."

A inspiração vem dos sítios mais inóspitos, mas a inspiração deste post é bastante concreta e tem tudo a ver.

O que é um amigo é uma questão com a qual, cedo ou tarde, todos nos deparamos na vida. Nem que seja porque a amizade é o sentimento que mais sentimos, ou pelo menos comigo é assim. Temos o amor de irmãos, mas que também são nossos amigos e logo também inclui a amizade. Temos o amor paixão, que se não forem amigos não será uma paixão muito duradoura. Temos os colegas de trabalho que se tornam amigos, e até o senhor da padaria, onde compramos o pão fresco, que por ser fresco está quente.

Para mim a amizade é o mais nobre dos sentimentos. O mais puro. Um amigo não deve nada, não tem obrigação de nada, apenas é sentimento. Apenas é sentir e prazer de desfrutar momentos juntos. Prazer pela companhia, pela conversa, pelas gargalhadas, pelo mau feitio tão sedutor e engraçado, prazer em partilhar a vida com outra vida que se liga a nós.

Mesmo sem obrigação estarão lá. Esteja eu certa ou errada, irão ouvir e compreender. Vão ser duros quando é preciso e doces quando nada mais resta. Não precisamos falar todos os dias, mas sinto a presença deles, diariamente, como uma camada extra de carinho sobre o coração.

E o que mais me fascina na amizade é que eles estão lá porque sim, porque gostam, porque o prazer que sinto na sua companhia é recíproco, a dureza e a doçura também. Um conforto, uma compreensão e um amor que não se podendo explicar é muito fácil de entender.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

escrever

Falo aqui muitas vezes de amor e da vida, de sonhos e obstáculos, de vontades e de inércia. Falo aqui muitas vezes para tolerar quem sou, para acrescentar ao dia a dia. Nem tudo o que sai em palavras nasceu assim. Sou a minha própria censura e faço-o para melhorar. Se um texto está bem, mas não é exactamente o que eu queria, reescrevo, digo o mesmo por outras palavras. É isso que fazemos nas relações humanas, não? Tentamos continuamente que o próximo entenda o que queremos dizer, exactamente como está na nossa cabeça. Mas para isso temos que usar palavras comuns, partilhadas, definidas, mas com a possibilidade de ser interpretadas de maneira diferentes consoante as vivências de quem escuta.

É esse o desafio. É essa a dificuldade. São estas interpretações pessoais de palavras comuns que provocam o início de algumas coisas e o fim de tantas. Se ao menos falássemos todos matemática. 2+2 será sempre igual a 4. Ao passo que duas palavras juntas podem ser o nascimento e a morte.

É isso também que me faz amar escrever. A sua ambiguidade. O ser profundo para mim e irrelevante para outro. O poder ser interpretado à minha maneira, o ser belo para mim porque vivi desta maneira e todos os meus momentos me levaram a isso. A ver a beleza entre as linhas. A imensidão do ser que colocamos em palavras.
É quase como apreciar a natureza. Aquela sensação de preenchimento e de pertença e ao mesmo tempo de deslumbramento e arrebatamento por pertencermos a algo tão belo e transcendente. Por sermos parte de algo que toca, que faz sentir.

É isso que este canto de escrita me trás. A sensação de pertencer ao vosso sentir.

domingo, 2 de novembro de 2014

Growing up :)

"This is a frustrating part of the growth process! But think of it this way: You’re replaying your wounds so you can finally heal them. We cannot heal anything we don’t feel or see; we can’t heal things that are unconscious! The uncomfortable feeling has to come to the surface for you to grow beyond it.
And how do you grow beyond it?
By identifying with your higher self.
Remember, your higher self is the part of you that knows the truth about you. It knows that you are worthy, amazing, capable, and powerful. Through the lens of the higher self, you are whole. Yes, you’re an imperfect human with flaws; but the larger truth is: you’re a soul.
You’re beautiful.
You’re important.
You’re special.
You’re love.
This is what the higher self knows about you — and it wants you to know it, too."
by http://braininspire.com/