domingo, 28 de dezembro de 2014

Resoluções de ano novo

Tive um ano tramado. Aprendi muito sobre mim e sobre as pessoas. Aprendi que tenho muito que aprender sobre mim.
Há muito tempo que vivia com a convicção que me conhecia bem e que sabia o que andava por aqui a fazer. Não podia estar mais errada.
Sinto que vivi mais neste ano apenas, do que em dois ou três, dos ditos normais. Tenho aprendido que não sou apenas teimosa, mas que, tal como qualquer alma, tenho alguma resistência à mudança. Que dói quando pomos muito de nós em algo que no final não corre da maneira esperada.
Aprendi que tenho muito que aprender sobre mim.
Aprendi que mudar requer mais do que perceber a necessidade de mudança. Mudar requer um esforço diário, requer resiliência, e sobretudo requer fazermos algo que não fazíamos até então.
Não tenho propriamente resoluções de ano novo. Tenho coisas que gostaria de fazer, tenho lutas que gostava de travar e tenho sonhos dos quais queria conseguir desistir.
Acho que a maior lição que tenho tentado assimilar na minha cabeça é a de aceitar o mundo à minha volta e não tentar mudá-lo. Apenas viver o que tenho a viver, sem deixar que os meus pensamentos e as minha percepções do mundo me façam sofrer mais do que o necessário. Sei que a dor e o sofrimento fazem parte da vida, tal como o bem estar e a alegria. Apenas queria aprender a aceitá-lo de forma mais graciosa.
Farei 30 anos no ano que se aproxima, e isso nunca me soou tão bem. Aproveitar um marco e uma data importante para determinar algumas mudanças em mim. Crescer é uma aventura. E estou determinada em ser uma pessoa melhor, para mim própria e para os outros.
Feliz Ano Novo 2015!

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

JLP

A tua mão guiou a caneta, sem tremer, sem dúvida. Olhaste para mim e sorriste e conversaste mais um bocado, enquanto continuavas a escrever. Palavras tuas para mim. E assim se realiza um sonho.
Em tudo o que disseste revi o que conhecia de ti por ler as tuas palavras. Em tudo o que absorvi tornaste-te maior aos meus olhos. Vi, em outros que dividiam comigo o espaço e a admiração, o mesmo jeito e o mesmo sorriso, enamorado, de quem conhece pela primeira vez quem há muito admira. És tanto e gosto tanto do tanto que és que é fácil entender este prazer que absorvo quando leio o que escreves. Outros, mais talentosos do que eu, talvez conseguissem transpor em palavras o encanto e a magia que existe naquilo que escreves. Eu apenas sei o que sinto quando te leio, felicidade.
Obrigada

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

A crescer todos os dias :)

"In truth, we deceive ourselves about a great many matters, from bad behavior, to how we feel, to the ever present existential fact of death. Such self-deception is fundamentally related to Freud's broad conception of the unconscious--the unknown aspects of our psyche--and specifically to Jung's notion of the shadow: those unacceptable traits and tendencies in ourselves we hide from both others and ourselves. This very capacity to deny our own selfishness, fears, cruelty and complicity in evil--unconsciousness-- is itself a treacherous sort of self-deception. Which is why growing gradually more conscious during the course ofpsychotherapy can be a shocking, painful and sobering process. C. G. Jung noted the therapeutic importance of consciously tolerating the "tension of opposites" we today term "cognitive dissonance," and that such unadulterated confrontation with the truth about oneself is almost always initially experienced as an insult to the ego--a devastating blow to our narcissism. No wonder we so fervently resist this process. It takes considerable courage and commitment to be brutally honest with oneself. But it is precisely this willingness to stop our chronic self-deception and face the truth that finally sets us free."


http://www.psychologytoday.com/blog/evil-deeds/200811/essential-secrets-psychotherapy-truth-lies-and-self-deception

sábado, 6 de dezembro de 2014

finais de tarde...

Com o final do dia chegam as pernas pesadas, a dor no fundo das costas e o peso nos olhos. Mesmo a chegar ao fim do dia, o ar que dou o dia inteiro, mal chega para mim. E penso... Mas depois lembro-me dos sorrisos que recebi e retribui, lembro das lágrimas que limpei e das vezes que ensinei a inspirar pelo nariz e expirar pela boca, para vencer a ansiedade. Lembro-me dos obrigada menina, dê cá um beijinho e ah a menina tem tanta paciência. Lembro do alívio após uma explicação, e da gargalhada quando o ar sai com um som esquisito. Penso que o cansaço é meu porque me dividi com tantas pessoas hoje, porque o dia começou cedo e porque trabalhar com pessoas é algo delicado, mas no final compensa. :)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

oh christmas tree

A minha primeira árvore de natal. Parece tolice dito desta maneira, mas na verdade a primeira árvore de natal é algo de importante. Marca um momento especial. Aquele momento em que dizes que esta casa é minha. Este momento é meu, Esta árvore é minha.
Às vezes fico a pensar como hei-de decorar tudo. Não sou muito talentosa nessa coisa da decoração. E na verdade, acho que jeito não tenho mesmo nenhum. Mas fico muito entusiasmada por pensar de tenho esta casa para tornar à minha imagem. Para tornar-la minha. Penso em tudo o que gostaria de ter aqui e que ainda me falta.
Estranho como algo material pode transportar tanto de algo espiritual. Como se este canto, que em todo o mundo, me pertence a mim, pode reflectir tanto da minha alma. Acho que precisava de um ninho, como os passarinhos. Um lugar ao qual voltar e que pudesse chamar de meu. Um lugar para ser feliz, para amar, para dividir e para ser. Para ser muito feliz.