terça-feira, 22 de maio de 2012

Quero-te comigo.

Cheguei aqui pelo meu próprio pé. Mas, quero-te comigo! Cresci com pouco dos outros e cheia de mim. Cheia de dúvidas e de certezas, de vontades e de inércia, cheia de luta e de desistência. Mas, quero-te comigo. Sou forte, independente e, tal como Atlas no início dos tempos, carrego o meu mundo sobre as minhas costas. E quero-te comigo.
Não te quero dizer como foi duro, nem te quero contar sobre as minhas lágrimas e os meus sorrisos. Não quero que vivas o que já passei para chegar aqui. 
Mas quero-te, desesperadamente, comigo.
Quero-te na minha cama, a olhar para mim enquanto escrevo estas palavras. Quero-te perdido em mim enquanto o sol me aquece a pele. Quero-te ver sorrir de volta, quero beijos pela manhã e quero amor pelo resto do dia. Quero-te comigo. Quero que ames quem eu lutei para ser, quero que ames quem eu sou, e não quero. Quero que ames a minha vontade e a minha ternura. Quero que ames o que acho insuportável, apenas para que eu possa aprender a amá-lo contigo. 
Quero-te para partilhar, para dividir, para multiplicar, para tocar, para sentir, para perder e quero-te mais do que tudo para amar.
Quero que tenhas a certeza que eu caminhei sozinha até aqui para te poder ter. Quero que construas comigo o nosso caminho, sem nada do que foi.

Quero-te comigo, nas pequenas coisas, que são todas as coisas.

Quero-te comigo.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia internacional da MULHER

A propósito da data que hoje celebramos, nós e o mundo. Não é o teu aniversário, pessoa que nasceste dia 8! Tiveste a sorte ou o azar de nascer no dia em que praticamente metade do planeta foi celebrado, não deve ser fácil...

Há com toda a certeza dezenas e talvez até centenas de lugares comuns acerca das mulheres e do seu papel vital no mundo e na sociedade. Poderia começar por ai, mas não. Vou começar por vos falar de algumas características das mulheres de conheço, a maioria delas absolutamente maravilhosas. Mas como cada gota de orvalho tem o seu próprio brilho, também elas são fantásticas cada uma à sua maneira.

Tenho mulheres na minha vida corajosas. Lançam-se ao mundo e à aventura, sem rede. Querem ser mais e lutam por isso, todos os dias. Mesmo quando a dor de estar numa luta constante as ameaça, nunca desistem!

Tenho mulheres na minha vida que amam. Amam elas próprias e amam os outros. Paixão ou amizade ou irmandade, elas amam. E demonstram esse amor às vezes da forma menos habitual. Mas como todos os amores verdadeiros, sentimos que somos amadas, mesmo quando dói. Amam quando as pessoas amadas menos merecem e menos compreendem. Amam quando o amor é merecido. Amam de volta.

Tenho mulheres na minha vida justas. Não desculpam o que não pode ser perdoado, mas entendem. Entendem a dor, a alegria, o inevitável, o correcto e o menos correcto. Entendem que no limite de tudo, somos humanos e que erramos. Entendem que não somos melhores nem piores do que ninguém, e que por isso haveremos de falhar. Aceitam isso e são justas.

Tenho mulheres na minha vida animadas, bem dispostas e divertidas!!! Sempre com um sorriso nos lábios e uma palavra amiga. Sempre com bom astral e animação. Sempre prontas para rir e para festejar! Tenho mulheres na minha vida que são um raio de sol! :)

Tenho mulheres na minha vida sensatas e que sabem ouvir. Mesmo quando não explicamos muito, mesmo sem exprimir exactamente o que queremos, elas ouvem. Entendem. E chamam-nos à razão. São empáticas e sinceras, e isso faz toda a diferença.

Tenho mulheres na minha vida.

E no fundo tenho a esperança de apreender algumas desta características que as mulheres da minha vida possuem. Tenho a vontade de aprender o que me falta, com elas. Tenho vontade de ser mais por elas. Nunca estou só, porque as carrego sempre comigo.

Não gosto muito de dias internacionais, porque considero que estes existem para nos lembrar do que nunca deveríamos esquecer. Mas sinceramente, o dia internacional da mulher é o mais justo de ser celebrado.

Feliz dia para mim e para vocês!

domingo, 4 de março de 2012

E ao ver-te chegar, sorri.

E ao ver-te chegar, sorri. Como sempre. Senti o teu abraço forte e senti-me em casa. Como sempre.
Acho que te consigo ler, mesmo quando tudo o que desejas é sentir o conforto da minha presença, sem o desconforto de eu te conhecer. E conheço. E acho que amas e odeias essa característica em mim.
Sinto-me única para ti, e sei que sou. E por isso talvez a tua dor magoa, como se fosse minha. Se fossemos românticos poderíamos teorizar acerca de como as nossas almas são irmãs e de como os nossos corações batem em sincronia. Mas não somos, pois não? Por isso eu sei que me amas porque te entendo. Acima de tudo. Entendo a tua alma acima das minhas convicções, crenças e verdades.
Nem sempre concordo contigo, mas sinto-me amada de volta quando te vejo respeitar o meu desacordo. Sinto-me amada quando sorris para mim, mesmo quando estás magoado. Sinto-me amada quando me perdoas.
E sei, que se te dissesse que a tua dor magoa como se fosse minha, tentarias faz-me acreditar que está tudo bem.
Está sempre tudo bem.
Mas não está, pois não?

Só quero que entendas que não há problema se não estiver tudo bem. Que ninguém está sempre bem. Que podes estar menos feliz, hoje. Que vou sempre estar à tua cabeceira a perguntar se está tudo bem. E, que vou sempre acreditar que está quando me sorris que sim, mas que vou fingir quando só dizes que sim. Porque amo a tua força e odeio-a, por vezes.
Os nossos silêncios são mais importantes do que qualquer conversa porque os teus olhos me dizem mais do que o maior dos teus discursos.
Não sinto necessidade de te dizer que podes confiar em mim. Sabes que podes. Não sinto necessidade de te explicar quem sou. Tu conheces-me. Mas, por vezes preciso de te mostrar quem és, para mim.

Sempre fomos amigos, mas agora somos mais amigos ainda. Partilhamos mais do que coisas e situações em comum. Vemos a vida de modo semelhante. E porque já senti tudo o que podes ser e tudo o que trazes dentro de ti, acho que mostras pouco ao mundo. És mais do que aparentas. Sei que é assim que queres ser. Sei que mostras exactamente o que pretendes. E, talvez, seja eu quem teve mais do que era suposto. Mas como a tua dor me magoa a minha também te dói, eu sei. E não foi possível evitar que te ligasses a mim. Obrigada por isso. Obrigada por me deixares conhecer-te.
Por te conhecer, entendo quem és. Mas não concordo. Acho que serias mais feliz se mostrasses mais. Se deixasses o sol entrar e reflectir tudo aquilo que eu conheço, mas que a maioria não faz ideia. Sei que é difícil. Sei que não é isso que queres. Sei que te contentas com pouco, mas também sei que no fundo, esperas sempre mais, e isso é algo que nem a ti admites, certo?

Quero que caminhemos juntos, quero que percebas que as tuas coisas não me pesam, que as carregaria com prazer, se assim tivesse que ser. Quero que entendas que o teu melhor e o teu pior, são amados por mim da mesma maneira, com a mesma força.
Porque não somos românticos, mas se fossemos as nossas almas seriam irmãs. Gémeas. Siamesas.
Quero que percebas que o meu sorriso é mesmo mais bonito quando estás por perto, porque me fazes feliz. E quero que entendas que quando estás magoado comigo preciso que me digas que estás. Preciso que te zangues comigo. Porque suportaria qualquer coisa por ti e pela nossa irmandade, mas não suportaria deixar de ser importante para ti. Não suportaria ser menos amada por ti. Não suportaria deixar de ser eu na tua vida.

No fundo, tudo o que quero dizer com todas estas palavras, espaços e pontuação, é que eu sinto sempre. Que eu não insisto porque sei que contigo insistir piora as coisas. Que não repito muitas vezes porque sei que ouves à primeira. Sei que tu sabes o que me chateia e magoa, e sei que se o fazes estás a falar comigo. Quero que saibas que também eu, ouço sempre, à primeira. Escolho ignorar, por vezes, por preocupação. Outras vezes, para não perder quem sou, aquela que insiste. Aquela que pergunta vezes sem conta. Aquela que, espero eu, dê o mais que esperas, mas que não admites.

Amo-te, sei que sabes. Sabes que o digo para ti, mas por mim.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

speaking different languages

We meet people all the time.
We meet great people all the time, sometimes we meet not so great people and sometimes even crappy people.

I had the privilege to have met some extraordinary people last year. And they are sweet and nice, just because. And they liked me and cared, just because. And they love my smile, and I love that!   

I never saw myself as a public relations kind of person, but I've always loved to know things and to meet people. And sharing those moments of joy and laughter, teaching you things about my country and learning some too! Learning about your home and wishing to see all of the amazing things you speak about, has made me a richer person. I'm better thanks to you. 

And you're mistaken if you think that we have to know someone for many years for them to be important and to matter. Sometimes all it takes is dinner, a night out and people speaking different languages.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Umas ideias a propósito do dia dos namorados!

Have you ever seen an angry sea? Revolting waves crashing mercilessly against the sand? Do you suppose that's how a heart feels when it's in love? I believe that's exactly how it feels.
Before, everything is quite. All the stones, all the plants, all the living things have their place, their order. Then a storm hits and all is changed. Nothing belongs anymore, nothing has its rightful place, nothing is. And how good it feels after a storm has hit, it's like a fresh start, a learning of news feelings and new things and new places. Bless the storms for they make the sea alive. Like love makes a heart alive, too.

À parte dos corações por todo o lado, dos peluches pirosos, frases lamechas, poemas fantásticos e músicas românticas e algumas até divertidas. Acredito que o amor deve ser celebrado. Sob todas as formas. Em todas as ocasiões. Apesar de ser apenas uma desculpa consumista, eu acho que o dia de São Valentim pode ser utilizado como um medidor de quanto amor damos ou recebemos. Se ele for de facto um dia onde as coisas são diferentes, melhores, então talvez devessemos mudar o objecto do nosso amor. Todos os dias são dias de amor, se o sentimos apenas neste dia no ano, algo se passa. Dar devia ser fácil, e é. O que acontece a quem dá é que inequivocamente vai esperar algo em troca, pois é assim a natureza das relações humanas. Deveríamos dar altruisticamente, mas a verdade é que até os nossos actos altruístas servem um propósito, o de nos sentirmos bem com nós próprios ao ajudar os outros, e por isso, no fundo, não o são. Quem recebe certamente recolhece a agradável sensação que é sermos amados/queridos por alguém. Não o sentirão de volta? Não querem que a pessoa saiba o quanto os seus gestos/palavras são importantes? Dêem de volta. Será a melhor recompensa para quem o recebe e vão ver como a sensação inicial é melhorada.
Não vivemos sozinhos no mundo, grande novidade, mas a verdade é que se estamos sós a culpa também é nossa. Não é difícil dar, nem receber. Basta colocarmo-nos no lugar do outro e pensar no que gostaríamos que fizessem por nós se estivessemos na mesma situação.
Por isso, perdoem-me se sou lamechas, perdoem-me se vos deixo pouco à vontade com algumas das coisas que digo, perdoem-se se vos abraço sem estarem à espera e por favor, não fiquem tão surpreendidos quando vos faço um elogio. Tudo o que digo, escrevo e demonstro é verdadeiro, apenas não o consigo conter. E penso, se eu soubesse que alguém pensa isto de mim, eu gostaria de ouvi-lo, e por isso falo. E se soubessem o prazer que é para mim apanhar-vos de surpresa e ver a reacção de ternura que se segue àquilo que digo, surpreendiam-se mais vezes!