Já alguma vez vos aconteceu terem um dou mais amigos, com quem têm verdadeira cumplicidade?
Quando nós dizemos alguma coisa, mas não é bem isso que queremos dizer e eles entendem? Ou, o contrário, quando eles conversam connosco sobre uma coisa e nós conseguimos entender exactamente qual a origem daquela conversa e que essa origem não é bem aquilo que estamos a ouvir?? Ou talvez quando nós perguntamos se está tudo bem e eles dizem que sim, mas nós percebemos que não, mas não é para intervir, ou quando percebemos um não, mas salva-me! Quando conseguimos distinguir a expressão, estou aborrecido, da estou triste. Quando um silêncio nos indica mais do que pouca vontade de falar, mas um estou magoado contigo, apesar de nunca te ter dito porquê, nem de eu próprio o entender... Naqueles amigos que simplesmente confiam em nós, sem complicação, de olhos fechados. Daqueles que nos fazem companhia e ouvem os nossos devaneios, por muito loucos que estes sejam... Dos que riem connosco, dos que choram connosco, dos que gritam, dos que não nos são indiferentes, dos que nos completam.
Pois, eu tenho uns quantos amigos assim, poucos, verdade. Mas esses são aqueles com quem eu me sinto eu e ao lado de quem eu não me sinto deslocada, naquilo que penso, que sinto, que sou.
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