É estúpido, e não faz sentido. Mas tenho lido muitos comentários que ter duas mães/pais é melhor que não ter nenhum. Desculpem mas não acho que essa seja a abordagem correcta, porque a questão não é essa. A questão é ter pais! Pais que são um casal, que se respeitam e amam e que acima de todas as coisas amam o seu filho, mesmo que não tenham o mesmo sangue. Não é o menor de dois males, não é porque é melhor ter dois pais/mães do que estar institucionalizado. A questão é um casal ter direito de amar uma criança que alguém não quis, que ficou sozinha no mundo ou que alguém não cuidou/maltratou. A questão é a criança ter o direito de ser amada por quem a quer, inquestionavelmente, é a criança ter direito a ser criada com amor, a ter quem a escolha primeiro e acima de todas as coisas, é ter direito a um futuro e a um tecto, a uma casa, a uma família. Se o casal é heterossexual ou homossexual nem deveria ser questão.
Daí achar esta decisão tão estúpida, tento todos os dias ser melhor para poder ter um país melhor, fico triste quando vejo que somos pequenos/tacanhos nas questões maiores. frown emoticon
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
Poetisa favorita
Mar, metade da minha alma é feita de maresia
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia,
Que há no vasto clamor da maré cheia,
Que nunca nenhum bem me satisfez.
E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia
Mais fortes se levantam outra vez,
Que após cada queda caminho para a vida,
Por uma nova ilusão entontecida.
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia,
Que há no vasto clamor da maré cheia,
Que nunca nenhum bem me satisfez.
E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia
Mais fortes se levantam outra vez,
Que após cada queda caminho para a vida,
Por uma nova ilusão entontecida.
E se vou dizendo aos astros o meu mal
É porque também tu revoltado e teatral
Fazes soar a tua dor pelas alturas.
E se antes de tudo odeio e fujo
O que é impuro, profano e sujo,
É só porque as tuas ondas são puras.
É porque também tu revoltado e teatral
Fazes soar a tua dor pelas alturas.
E se antes de tudo odeio e fujo
O que é impuro, profano e sujo,
É só porque as tuas ondas são puras.
Sophia Mello Breyner Andresen
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domingo, 11 de janeiro de 2015
Amora
Nova companhia cá em casa.
Gosta de ver séries no computador, deitada ao meu lado. Gosta de se deitar nas minhas pernas enquanto leio deitada no sofá. Miou muito hoje porque a casa é diferente e a companhia também. Mas já anda atrás de mim como uma sombra, e se por acaso saio da divisão onde estamos as duas vem a miar atrás de mim como quem diz "então e eu, fico aqui sozinha?".
Conheço-a pessoalmente há umas horas e já estou apaixonada.
Amora.
Gosta de ver séries no computador, deitada ao meu lado. Gosta de se deitar nas minhas pernas enquanto leio deitada no sofá. Miou muito hoje porque a casa é diferente e a companhia também. Mas já anda atrás de mim como uma sombra, e se por acaso saio da divisão onde estamos as duas vem a miar atrás de mim como quem diz "então e eu, fico aqui sozinha?".
Conheço-a pessoalmente há umas horas e já estou apaixonada.
Amora.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Uma moeda tem sempre dois lados
Cranky Old Man
What do you see nurses? . . .. . .What do you see?
What are you thinking .. . when you're looking at me?
A cranky old man, . . . . . .not very wise,
Uncertain of habit .. . . . . . . .. with faraway eyes?
Who dribbles his food .. . ... . . and makes no reply.
When you say in a loud voice . .'I do wish you'd try!'
Who seems not to notice . . .the things that you do.
And forever is losing . . . . . .. . . A sock or shoe?
Who, resisting or not . . . ... lets you do as you will,
With bathing and feeding . . . .The long day to fill?
Is that what you're thinking?. .Is that what you see?
Then open your eyes, nurse .you're not looking at me.
I'll tell you who I am . . . . .. As I sit here so still,
As I do at your bidding, .. . . . as I eat at your will.
I'm a small child of Ten . .with a father and mother,
Brothers and sisters .. . . .. . who love one another
A young boy of Sixteen . . . .. with wings on his feet
Dreaming that soon now . . .. . . a lover he'll meet.
A groom soon at Twenty . . . ..my heart gives a leap.
Remembering, the vows .. .. .that I promised to keep.
At Twenty-Five, now . . . . .I have young of my own.
Who need me to guide . . . And a secure happy home.
A man of Thirty . .. . . . . My young now grown fast,
Bound to each other . . .. With ties that should last.
At Forty, my young sons .. .have grown and are gone,
But my woman is beside me . . to see I don't mourn.
At Fifty, once more, .. ...Babies play 'round my knee,
Again, we know children . . . . My loved one and me.
Dark days are upon me . . . . My wife is now dead.
I look at the future ... . . . . I shudder with dread.
For my young are all rearing .. . . young of their own.
And I think of the years . . . And the love that I've known.
I'm now an old man . . . . . . .. and nature is cruel.
It's jest to make old age . . . . . . . look like a fool.
The body, it crumbles .. .. . grace and vigour, depart.
There is now a stone . . . where I once had a heart.
But inside this old carcass . A young man still dwells,
And now and again . . . . . my battered heart swells
I remember the joys . . . . .. . I remember the pain.
And I'm loving and living . . . . . . . life over again.
I think of the years, all too few . . .. gone too fast.
And accept the stark fact . . . that nothing can last.
So open your eyes, people .. . . . .. . . open and see.
Not a cranky old man .
Look closer . . . . see .. .. . .. .... . ME!!
-------------------------------------------------------------------
A nurse for the past 48years replies.......
What do we see you ask....what do we see
Yes,we are thinking whilst looking at thee!
We may seem to be hard when we hurry and fuss....but there's too many of you and so few of us
We would love much more time to sit by you and talk,to bathe you and feed you and to help you to walk.
To hear of your lives and the things you have done,your childhood,your wife your daughter your son,
But time is against us,there is too much to do...patients too many and nurses too few.
We grieve when we see you so sad and alone...with nobody near you,no friends of your own.
We feel all your pain and know of your fear,that nobody cares now your end is near.
But nurses are people with feelings as well and when we're together you'll hear often tell of the dearest old gran in the very end bed and the lovely old Dad and the things that he said.
We speak with compassion and love and feel sad.
When we think of your lives and the joy you have had.
When the time has arrived for you to depart.you leave us behind with an ache in our heart....
What do you see nurses? . . .. . .What do you see?
What are you thinking .. . when you're looking at me?
A cranky old man, . . . . . .not very wise,
Uncertain of habit .. . . . . . . .. with faraway eyes?
Who dribbles his food .. . ... . . and makes no reply.
When you say in a loud voice . .'I do wish you'd try!'
Who seems not to notice . . .the things that you do.
And forever is losing . . . . . .. . . A sock or shoe?
Who, resisting or not . . . ... lets you do as you will,
With bathing and feeding . . . .The long day to fill?
Is that what you're thinking?. .Is that what you see?
Then open your eyes, nurse .you're not looking at me.
I'll tell you who I am . . . . .. As I sit here so still,
As I do at your bidding, .. . . . as I eat at your will.
I'm a small child of Ten . .with a father and mother,
Brothers and sisters .. . . .. . who love one another
A young boy of Sixteen . . . .. with wings on his feet
Dreaming that soon now . . .. . . a lover he'll meet.
A groom soon at Twenty . . . ..my heart gives a leap.
Remembering, the vows .. .. .that I promised to keep.
At Twenty-Five, now . . . . .I have young of my own.
Who need me to guide . . . And a secure happy home.
A man of Thirty . .. . . . . My young now grown fast,
Bound to each other . . .. With ties that should last.
At Forty, my young sons .. .have grown and are gone,
But my woman is beside me . . to see I don't mourn.
At Fifty, once more, .. ...Babies play 'round my knee,
Again, we know children . . . . My loved one and me.
Dark days are upon me . . . . My wife is now dead.
I look at the future ... . . . . I shudder with dread.
For my young are all rearing .. . . young of their own.
And I think of the years . . . And the love that I've known.
I'm now an old man . . . . . . .. and nature is cruel.
It's jest to make old age . . . . . . . look like a fool.
The body, it crumbles .. .. . grace and vigour, depart.
There is now a stone . . . where I once had a heart.
But inside this old carcass . A young man still dwells,
And now and again . . . . . my battered heart swells
I remember the joys . . . . .. . I remember the pain.
And I'm loving and living . . . . . . . life over again.
I think of the years, all too few . . .. gone too fast.
And accept the stark fact . . . that nothing can last.
So open your eyes, people .. . . . .. . . open and see.
Not a cranky old man .
Look closer . . . . see .. .. . .. .... . ME!!
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A nurse for the past 48years replies.......
What do we see you ask....what do we see
Yes,we are thinking whilst looking at thee!
We may seem to be hard when we hurry and fuss....but there's too many of you and so few of us
We would love much more time to sit by you and talk,to bathe you and feed you and to help you to walk.
To hear of your lives and the things you have done,your childhood,your wife your daughter your son,
But time is against us,there is too much to do...patients too many and nurses too few.
We grieve when we see you so sad and alone...with nobody near you,no friends of your own.
We feel all your pain and know of your fear,that nobody cares now your end is near.
But nurses are people with feelings as well and when we're together you'll hear often tell of the dearest old gran in the very end bed and the lovely old Dad and the things that he said.
We speak with compassion and love and feel sad.
When we think of your lives and the joy you have had.
When the time has arrived for you to depart.you leave us behind with an ache in our heart....
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
2015
Entre amigos e sorrisos, com mesa farta e corações cheios de alegria e vontade de mudança. Muita música e dança.
E bateu a meia-noite.
Gritos, festejos, banho de espumante, confetis pelo ar e muitas gargalhadas. Vencemos o frio e o brilho do gelo que cobria os carros. Rimos com o excesso de bebida e de alegria em cada um de nós. Abraços, beijinhos e sorrisos. Tanta harmonia num grupo de pessoas tão diferente. Amigos.
Amanheceu quando me deitei. Quando vim à rua o sol recebeu-me no novo ano com calor e brilho. Um calor doce que me chamou à rua. Sol na cara, beijinhos aos amigos, muitas pessoas na rua e uma serenidade que é difícil de explicar.
O rio, as casas, as gaivotas e os remoinhos da corrente do Sado. As pontes, os arrozais e as cores do céu com o descer do sol.
Se pudesse ter pedido um início de ano mais perfeito não teria sido possível. Que o resto do ano seja tão maravilhoso e carregado de coisas boas como o dia que hoje passou.
A nossa casa é a nossa pele. Poderemos deambular pelo mundo, mas voltaremos sempre ao lugar em que nascemos se soubermos quem somos, mesmo que não saibamos exactamente para onde vamos.
Feliz Ano Novo de 2015!
E bateu a meia-noite.
Gritos, festejos, banho de espumante, confetis pelo ar e muitas gargalhadas. Vencemos o frio e o brilho do gelo que cobria os carros. Rimos com o excesso de bebida e de alegria em cada um de nós. Abraços, beijinhos e sorrisos. Tanta harmonia num grupo de pessoas tão diferente. Amigos.
Amanheceu quando me deitei. Quando vim à rua o sol recebeu-me no novo ano com calor e brilho. Um calor doce que me chamou à rua. Sol na cara, beijinhos aos amigos, muitas pessoas na rua e uma serenidade que é difícil de explicar.
O rio, as casas, as gaivotas e os remoinhos da corrente do Sado. As pontes, os arrozais e as cores do céu com o descer do sol.
Se pudesse ter pedido um início de ano mais perfeito não teria sido possível. Que o resto do ano seja tão maravilhoso e carregado de coisas boas como o dia que hoje passou.
A nossa casa é a nossa pele. Poderemos deambular pelo mundo, mas voltaremos sempre ao lugar em que nascemos se soubermos quem somos, mesmo que não saibamos exactamente para onde vamos.
Feliz Ano Novo de 2015!
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