quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

speaking different languages

We meet people all the time.
We meet great people all the time, sometimes we meet not so great people and sometimes even crappy people.

I had the privilege to have met some extraordinary people last year. And they are sweet and nice, just because. And they liked me and cared, just because. And they love my smile, and I love that!   

I never saw myself as a public relations kind of person, but I've always loved to know things and to meet people. And sharing those moments of joy and laughter, teaching you things about my country and learning some too! Learning about your home and wishing to see all of the amazing things you speak about, has made me a richer person. I'm better thanks to you. 

And you're mistaken if you think that we have to know someone for many years for them to be important and to matter. Sometimes all it takes is dinner, a night out and people speaking different languages.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Umas ideias a propósito do dia dos namorados!

Have you ever seen an angry sea? Revolting waves crashing mercilessly against the sand? Do you suppose that's how a heart feels when it's in love? I believe that's exactly how it feels.
Before, everything is quite. All the stones, all the plants, all the living things have their place, their order. Then a storm hits and all is changed. Nothing belongs anymore, nothing has its rightful place, nothing is. And how good it feels after a storm has hit, it's like a fresh start, a learning of news feelings and new things and new places. Bless the storms for they make the sea alive. Like love makes a heart alive, too.

À parte dos corações por todo o lado, dos peluches pirosos, frases lamechas, poemas fantásticos e músicas românticas e algumas até divertidas. Acredito que o amor deve ser celebrado. Sob todas as formas. Em todas as ocasiões. Apesar de ser apenas uma desculpa consumista, eu acho que o dia de São Valentim pode ser utilizado como um medidor de quanto amor damos ou recebemos. Se ele for de facto um dia onde as coisas são diferentes, melhores, então talvez devessemos mudar o objecto do nosso amor. Todos os dias são dias de amor, se o sentimos apenas neste dia no ano, algo se passa. Dar devia ser fácil, e é. O que acontece a quem dá é que inequivocamente vai esperar algo em troca, pois é assim a natureza das relações humanas. Deveríamos dar altruisticamente, mas a verdade é que até os nossos actos altruístas servem um propósito, o de nos sentirmos bem com nós próprios ao ajudar os outros, e por isso, no fundo, não o são. Quem recebe certamente recolhece a agradável sensação que é sermos amados/queridos por alguém. Não o sentirão de volta? Não querem que a pessoa saiba o quanto os seus gestos/palavras são importantes? Dêem de volta. Será a melhor recompensa para quem o recebe e vão ver como a sensação inicial é melhorada.
Não vivemos sozinhos no mundo, grande novidade, mas a verdade é que se estamos sós a culpa também é nossa. Não é difícil dar, nem receber. Basta colocarmo-nos no lugar do outro e pensar no que gostaríamos que fizessem por nós se estivessemos na mesma situação.
Por isso, perdoem-me se sou lamechas, perdoem-me se vos deixo pouco à vontade com algumas das coisas que digo, perdoem-se se vos abraço sem estarem à espera e por favor, não fiquem tão surpreendidos quando vos faço um elogio. Tudo o que digo, escrevo e demonstro é verdadeiro, apenas não o consigo conter. E penso, se eu soubesse que alguém pensa isto de mim, eu gostaria de ouvi-lo, e por isso falo. E se soubessem o prazer que é para mim apanhar-vos de surpresa e ver a reacção de ternura que se segue àquilo que digo, surpreendiam-se mais vezes!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O dom da palavra

Como eu gostava de saber escrever o que penso. A infinita quantidade de ideias, algumas meio tresloucadas, que me passa na cabeça deveria pertencer a algo físico, deveria ser tangível. Mas não tenho o dom da palavra. Quando leio alguns dos meus escritores preferidos e me vejo nas palavras deles, tenho uma ponta de inveja boa. Penso, como eu gostava de saber passar o que sinto para a tinta que escorre da caneta. Como eu gostava de explicar às pessoas o que me move, as coisas que me comovem, que me fazem rir, as que me fazer chorar, que são quase tantas como as anteriores e sou feliz! Gostava que o que penso tomasse forma. Gostava que o entendessem, sem que o tivesse de explicar e sem parecer meio tonta por isso. Gostava que entendessem a gargalhada que dou quando estou a ler ou a lágrima, que não escorre, por algo que me tocou o coração. Gostava que entendessem como somos cúmplices e gostava de saber se concordam comigo naquela ideia. E o que eu gostava mesmo muito era que me continuassem a amar, após esta partilha. Se eu tivesse o dom da palavra e vos dissesse tudo o que me passa pela cabeça, exactamente da maneira que sinto, amar-me-iam vocês no final? O que eu gostava mesmo de saber era, se depois de me conhecerem, continuariam à espera de ler o que penso e de ouvir o que escrevo? Mas isto seria, se eu tivesse o dom da palavra. Não o tenho.