quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Num banco de jardim

O dia estava a entrar na fase dourada, naquela hora onde o sol está mais calmo e se deleita sobre as folhas ao invés de as consumir de luz e calor. Peguei no mundo de papel e tinta que se esconde por detrás da tua capa clara e com letra ao estilo antigo. Pus-te debaixo do braço e peguei no casaco quente e pesado que estava na cadeira da entrada, mesmo quando passei a porta em direcção à rua.
Vi-te ao longe, companheiro das horas de fantasia, das horas intermináveis de mundo e vidas impossíveis, vi-te ao longe e o sentimento que se apoderou de mim foi o comunhão e amizade. Como conheces bem a curva do meu corpo e o calor da minha imaginação. Como conheces bem os meus sonhos acordados e os meus devaneios e loucuras saudáveis. Sabes quem sou, para ti não tenho segredos.
E mergulho nas letras e na tua história velho amigo. E sinto o sol a deixar o firmamento. Sinto apenas, porque olhos só tenho para ti, história de amor e morte, história da vida. Outra vida, que poderia ou não, ser minha.

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