sábado, 11 de maio de 2013

calor e sol (este texto não foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico)

Oh se gosto do calorzinho que se sente este fim de semana. E gosto do calor do amor dos meus amores também, esse que dura todo o ano. Dizíamos ontem e é verdade, não se pode agradar a gregos e a troianos, impossível. Mas agradar alguém custa tão pouco, é tão fácil, e surpreendam-se agora, faz-nos tão bem, ou melhor, que a pessoa à qual fizemos a fofice. Acredito piamente nisto! Não sou idiota (pelo menos vivo com a convicção que não sou...), não trato bem quem me trata mal, mas tento dar o benefício da dúvida e ouvir as pessoas e as suas razões. Temo que a razão mais comum é o egoísmo. Achamos que merecemos tudo e devemos nada. Não. Errado. Merecemos exactamente o mesmo que damos. Igual. Sem tirar nem pôr. Às vezes o orgulho também nos impede de dar antes de receber. E outras vezes é o medo. Lembram-se de aí há uns tempos, lá para o dia de São Patrício, eu escrever que para amar temos que ser corajosos? Pois é, temos mesmo. E não é para todos, infelizmente. Parece que quanto mais temos a possibilidade de ser, mais nos limitamos. Estranho. Parece que já não confiamos uns nos outros. Eu até entendo, é difícil confiar a outra pessoa um dos nosso bens mais preciosos. Mas este bem, ao contrário dos outros que custam dinheiro, aumenta de valor com a partilha. Fica mais forte e melhor. Mais frágil também. Mas não é essa a maravilha da vida? A fragilidade das coisas que nos faz aprecia-las e vivê-las com um sabor de precariedade que torna tudo único e especial. Eu acredito mesmo nisto. Acho que perdemos horas demais a pensar no que devemos dizer e fazer, ao invés de passar à acção.
Já vos pedi perdão uma vez por esta razão e volto a fazê-lo. Desculpem se vos deixo pouco à vontade com os meus abraços, beijinhos e gosto de ti. Perdoem-me se me falta a conversa quando me sinto pertinho do vosso coração. Fico tímida quando sinto mais do que penso. Perdoem-me que precise de vocês para ser feliz, mas que não precise de falar com vocês todos os dias. Não preciso. Tenho bem juntinho a mim todas as certezas do que nos une.
Poderíamos viver sozinhos, comer sozinhos, mas sonhar sozinhos não dá gozo. Por isso preciso de vocês. De rir com vocês. De desabafar com vocês. De chorar com vocês. De correr e cair com vocês. Porque qualquer que seja a luta, com vocês vira aventura.
Obrigada pela coragem. Obrigada pela partilha, Obrigada por me tornarem mais forte ao me dividir com vocês. <3

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