Sento-me à janela e oiço a chuva. Sinto-me inteira, mas incompleta.
Falta-me o frio na barriga e o coração a bater acelerado.
Já imaginei mais do que uma vez como será essa usurpação de controlo sobre o que se deseja. Já senti, esporadicamente, como essa sensação pode ser limitante e angustiante. Mas continuo a desejá-la.
Enquanto vejo a água a escorrer o vidro, sinto o contentamento de ser eu. Não tenho nada que não desejo. Tenho algumas coisas que preferia não ter, mas que são minhas e por isso aceito-as. Dou também, aquilo que sou e aquilo que posso. O meu altruísmo é a característica mais egoísta que possuo. E eu, que possuo tantas.
Mas sinto falta do coração a bater acelerado e de ter com quem sonhar quando Morfeu me embala. Sinto falta de corar e de sentir as pernas tremer.
Quero-te pessoa minha, onde quer que estejas. Encontra-me.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
domingo, 23 de setembro de 2012
Invictus
Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll.
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll.
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
WEH
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Ao descer a rua...
O sol estava quente e e brilhava um tom laranja avermelhado no final do dia. Estava uma brisa agradável e havia uma peso de final do dia no ar.
Ainda nem te tinha visto quando te senti. Senti o aroma da tua pele e o calor que emanava de ti quando me virei em resposta à tua presença. Sorriste e eu sorri de volta. Senti, logo de seguida, um arrepio seguido por uma onda de calor desde o pescoço até às pernas. Porquê, pensei eu, porque é que me provocas este descontrolo total e praticamente impossível de evitar.
Gostava apenas que tivesses a força de lutar, porque eu não tenho. Tenho demasiado medo, de te perder depois de te ter. Soa a ridículo, eu sei. Parece estúpido impedir-me de viver algo mágico pelo receio de perder a magia depois. É mais forte do que eu.
Por isso peço-te que sejas mais forte do que eu, peço-te que lutes com a força dos dois e que faças valer a pena. Que proves que eu estou enganada ao desconfiar do energia que emana de ti. Permite-me beber da tua loucura enquanto partilho a minha, que está enterrada em timidez.
Desafia-me, porque preciso de ti e preciso de acreditar que o amor de uma vida, existe e está à minha espera.
Ainda nem te tinha visto quando te senti. Senti o aroma da tua pele e o calor que emanava de ti quando me virei em resposta à tua presença. Sorriste e eu sorri de volta. Senti, logo de seguida, um arrepio seguido por uma onda de calor desde o pescoço até às pernas. Porquê, pensei eu, porque é que me provocas este descontrolo total e praticamente impossível de evitar.
Gostava apenas que tivesses a força de lutar, porque eu não tenho. Tenho demasiado medo, de te perder depois de te ter. Soa a ridículo, eu sei. Parece estúpido impedir-me de viver algo mágico pelo receio de perder a magia depois. É mais forte do que eu.
Por isso peço-te que sejas mais forte do que eu, peço-te que lutes com a força dos dois e que faças valer a pena. Que proves que eu estou enganada ao desconfiar do energia que emana de ti. Permite-me beber da tua loucura enquanto partilho a minha, que está enterrada em timidez.
Desafia-me, porque preciso de ti e preciso de acreditar que o amor de uma vida, existe e está à minha espera.
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
pelos nossos direitos...
Amanhã vamos caminhar juntos. Encontra-mo-nos na hora marcada, mas naturalmente esperamos alguns atrasos. Há quem venha de longe. Existem também outros que se vão aglomerar noutros locais.
Chegou a hora em que todos se unem. A hora em que todos esquecem aquilo que os separa e se lembram da causa comum. O desrespeito pelo trabalho, pela pessoa, pela sociedade e pelo país.
Ao contrário do que o ego edemaciado de alguns governantes os leva a crer, esta terra lusa é nossa e não deles. As montanhas do centro e as planícies do sul, são nossas. As videiras das encostas do douro e as praias do litoral, são nossas, nada lhes pertence. Foi-lhes concedida a honra de assumir a vontade do povo através da liderança do país, e o que fazem eles? Destroem. Corrompem. Alteram. Violam. Distorcem.
Quem são vocês para alienar a vontade dos descendentes de Afonso? Dos lutadores, que sem espadas pesadas como homens, têm a sua força no amor ao próximo e à terra. Dos que cavam com enxadas e que escrevem sem parar, dos que conduzem e dos que esfregam o chão, dos que pensam e dos que fazem, dos que salvam e dos que fazem o que podem.
Quem sóis vós, pergunta a criança que não entende porque o prato da mãe não tem comida.
O que fazem, pergunta o reformado a sofrer por não poder pagar a medicação.
Para onde nos levam, pergunta o ajudante de supermercado com a matrícula da faculdade congelada.
São estas as perguntas que fazemos. São estas as respostas que exigimos. É isto que pretendemos saber.
Honrem o vosso compromisso. Se não o fizerem, caiem, como os que vos precederam. Porque governos há muitos meus senhores, e interesses também, mas os descendentes de Afonso irão para sempre povoar esta terra. Ao contrário do que pensam, ela é nossa e por ela lutaremos até os nossos ossos virarem pó.
Amanhã desceremos a avenida como um só. Um povo, uma nação!
Chegou a hora em que todos se unem. A hora em que todos esquecem aquilo que os separa e se lembram da causa comum. O desrespeito pelo trabalho, pela pessoa, pela sociedade e pelo país.
Ao contrário do que o ego edemaciado de alguns governantes os leva a crer, esta terra lusa é nossa e não deles. As montanhas do centro e as planícies do sul, são nossas. As videiras das encostas do douro e as praias do litoral, são nossas, nada lhes pertence. Foi-lhes concedida a honra de assumir a vontade do povo através da liderança do país, e o que fazem eles? Destroem. Corrompem. Alteram. Violam. Distorcem.
Quem são vocês para alienar a vontade dos descendentes de Afonso? Dos lutadores, que sem espadas pesadas como homens, têm a sua força no amor ao próximo e à terra. Dos que cavam com enxadas e que escrevem sem parar, dos que conduzem e dos que esfregam o chão, dos que pensam e dos que fazem, dos que salvam e dos que fazem o que podem.
Quem sóis vós, pergunta a criança que não entende porque o prato da mãe não tem comida.
O que fazem, pergunta o reformado a sofrer por não poder pagar a medicação.
Para onde nos levam, pergunta o ajudante de supermercado com a matrícula da faculdade congelada.
São estas as perguntas que fazemos. São estas as respostas que exigimos. É isto que pretendemos saber.
Honrem o vosso compromisso. Se não o fizerem, caiem, como os que vos precederam. Porque governos há muitos meus senhores, e interesses também, mas os descendentes de Afonso irão para sempre povoar esta terra. Ao contrário do que pensam, ela é nossa e por ela lutaremos até os nossos ossos virarem pó.
Amanhã desceremos a avenida como um só. Um povo, uma nação!
terça-feira, 11 de setembro de 2012
7%
Não sei onde vamos parar, Portugal.
Não vejo o fim desta longa estrada.
Nem a luz que vem com a alvorada.
Queremos mais, merecemos melhor.
Somos um povo e um país vencedor,
Desde os tempos de Afonso, o primeiro
Até ao tempo de "Pelo povo, não pelo dinheiro!"
Luta sem armas, mas usa a tua voz!
Fala contra os que nos tornam inválidos,
Sós.
Vence as batalhas com vontade e perseverança.
Não há espada, peste ou fé que nos vença!
Fizemo-nos ao mundo! Marcamos presença
Neste canto a sudeste de tudo,
Onde a luz e a paz, não serão sinónimos de pacificidade e inércia!
Mas de honra e valor! De luta e conquista.
Portugal,
Tivemos reis e princesas,
Adamastores e guerras,
Papas e inquisição,
Ditadura, fome e seca.
Não sucumbimos, nós não, o povo não!
Sobreviveremos sempre, porque juntos somos tudo! Juntos somos Portugal!
Não vejo o fim desta longa estrada.
Nem a luz que vem com a alvorada.
Queremos mais, merecemos melhor.
Somos um povo e um país vencedor,
Desde os tempos de Afonso, o primeiro
Até ao tempo de "Pelo povo, não pelo dinheiro!"
Luta sem armas, mas usa a tua voz!
Fala contra os que nos tornam inválidos,
Sós.
Vence as batalhas com vontade e perseverança.
Não há espada, peste ou fé que nos vença!
Fizemo-nos ao mundo! Marcamos presença
Neste canto a sudeste de tudo,
Onde a luz e a paz, não serão sinónimos de pacificidade e inércia!
Mas de honra e valor! De luta e conquista.
Portugal,
Tivemos reis e princesas,
Adamastores e guerras,
Papas e inquisição,
Ditadura, fome e seca.
Não sucumbimos, nós não, o povo não!
Sobreviveremos sempre, porque juntos somos tudo! Juntos somos Portugal!
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Na terra de Klimt
O voo de ida nem correu mal. À parte da ausência de jantar por ausência de hospedeira...Limite de segurança.
Gostei dos edifícios, a fazer lembrar os anos 40.
A majestosa Viena, com o céu cinzento e o ar que nos invade de uma sensação intensa de sabedoria, de pertença. A cultura a transbordar por todos os poros, por todas as ruelas e por todas as portas e janelas.
Gostei da diversidade das pessoas, fazendo parte do mundo, vivem no delas. Levam a sua vida e têm sempre alguma coisa por fazer, que tem que ser feita já.
A ciência de manhã e a cultura à tarde. Um sorriso todo o dia.
Gosto de saber. Gosto de compreender. Gosto de aprender. Aceito todos os adjectivos que me atribuírem, por ser assim. Os bons e os depreciativos, aceito todos, sinto que possuo todos. Sou todos. Aceito as minhas limitações, por isso aquilo que tenho a absorver é infinito. É tudo.
Uma cidade de Reis, no tempo dos nómadas.
E na volta, vim um bocadinho maior, um bocadinho mais eu. Vim um bocadinho mais completa, mas também mais sedenta de continuar.
Quero mais.
É essa inquietude que me faz viajar.
É ela que me comanda. É ela que me preenche, que me faz sentir permanentemente irrequieta, por completar. Por isso continuo em movimento. Porque tal como o universo, também o ser humano é infinito e eternamente em expansão.
O beijo. Klimt. Mozart. Catedral. Ciência. Pneumologia. Schönbrunn Palace. Saúde. Cultura. Música. Sensações. Movimento.
More, bitte!
Gostei dos edifícios, a fazer lembrar os anos 40.
A majestosa Viena, com o céu cinzento e o ar que nos invade de uma sensação intensa de sabedoria, de pertença. A cultura a transbordar por todos os poros, por todas as ruelas e por todas as portas e janelas.
Gostei da diversidade das pessoas, fazendo parte do mundo, vivem no delas. Levam a sua vida e têm sempre alguma coisa por fazer, que tem que ser feita já.
A ciência de manhã e a cultura à tarde. Um sorriso todo o dia.
Gosto de saber. Gosto de compreender. Gosto de aprender. Aceito todos os adjectivos que me atribuírem, por ser assim. Os bons e os depreciativos, aceito todos, sinto que possuo todos. Sou todos. Aceito as minhas limitações, por isso aquilo que tenho a absorver é infinito. É tudo.
Uma cidade de Reis, no tempo dos nómadas.
E na volta, vim um bocadinho maior, um bocadinho mais eu. Vim um bocadinho mais completa, mas também mais sedenta de continuar.
Quero mais.
É essa inquietude que me faz viajar.
É ela que me comanda. É ela que me preenche, que me faz sentir permanentemente irrequieta, por completar. Por isso continuo em movimento. Porque tal como o universo, também o ser humano é infinito e eternamente em expansão.
O beijo. Klimt. Mozart. Catedral. Ciência. Pneumologia. Schönbrunn Palace. Saúde. Cultura. Música. Sensações. Movimento.
More, bitte!
Local:
Viena, República da Áustria
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