quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Sento-me à janela e oiço a chuva

Sento-me à janela e oiço a chuva. Sinto-me inteira, mas incompleta.
Falta-me o frio na barriga e o coração a bater acelerado.
Já imaginei mais do que uma vez como será essa usurpação de controlo sobre o que se deseja. Já senti, esporadicamente, como essa sensação pode ser limitante e angustiante. Mas continuo a desejá-la.

Enquanto vejo a água a escorrer o vidro, sinto o contentamento de ser eu. Não tenho nada que não desejo. Tenho algumas coisas que preferia não ter, mas que são minhas e por isso aceito-as. Dou também, aquilo que sou e aquilo que posso. O meu altruísmo é a característica mais egoísta que possuo. E eu, que possuo tantas.

Mas sinto falta do coração a bater acelerado e de ter com quem sonhar quando Morfeu me embala. Sinto falta de corar e de sentir as pernas tremer.

Quero-te pessoa minha, onde quer que estejas. Encontra-me.

Sem comentários:

Enviar um comentário