segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Parabéns Leonor!

Lembro-me perfeitamente do primeiro dia em que te vi. Eras muito pequenina e frágil, mas já eras linda e fiquei, desde esse primeiro momento, louca por ti.
És a querubim da família, a mais nova, a mais feliz e a mais verdadeira! Sempre a sorrir e a conversar!
És a alegria de todos nós, que sonhamos ser melhores para te merecer, a ti e ao teu amor.
Amo-te e tenho muito orgulho em ser a tua prima Cristina! :)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Frágil

Tudo é frágil, principalmente o que temos como absoluto e inalterável. Tudo é frágil, num momento somos tudo, noutro nada somos.
Somos Reis e senhores num dia, escravos e miseráveis, no dia a seguir.
Vivemos como pássaros voando livres num céu que é nosso, e logo de seguida, sem aviso e nem vontade, viramos vermes com nenhum controlo sobre nada.
Somos tudo, sendo nada. Queremos tudo, lutamos até ao fim, até gastar as armas.
No fim, somos nada.
E tudo o que temos, não se vê, não se compra, não se pode emprestar, nem dividir. Sente-se. Tudo o que temos é um aperto no peito e borboletas no estômago. Tudo o que temos, não o podemos mostrar, só demonstrar. Tudo o que temos pode ser questionado, pode ser posto à prova.
Se for mesmo nosso, sobrevive. Se for mesmo nosso, evolui, fica mais forte.

Tudo o que tenho cá dentro, é tudo o que sou, e tudo o que sou é nada.
É um nada imenso e sem fim, maior do que todos os oceanos.

domingo, 21 de outubro de 2012

Dream

As ideias nascem nos locais mais insólitos. E quando elas nos aparecem por vezes julga-mo-las disparatadas. Mas o curioso com uma ideia, é que quando ela é boa, fica a matutar-nos na cabeça. Pensamos que já a esquecemos e lá aparece ela, sem qualquer aviso prévio. É um aviso, está a dizer-nos que tem que nascer, tem que ser concretizada.

E é por isso que escrevo hoje acerca de sonhos.
De ideias que surgem do nada e requerem tudo para funcionar.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Quero-te, quero o amor...

Quero o amor, quero essas coisas todas que mostram os filmes e de que falam os livros. Quero sentir a adrenalina e a serenidade, a loucura e a doçura. Quero a partilha e quero crescer juntinho. E quero todas as outras coisas que vocês querem também.
Mas quero mais, quero que o ele compreenda que ler é uma paixão minha e que fazê-lo não é deixar de dar-lhe atenção, mas aprender a amá-lo mais. Quero que ele leia os meus silêncios e os conheça, quero que ele goste deles tanto quanto gosta de mim. E da tagarelice, ele tem que gostar da minha tagarelice, porque eu falo, muito! Quero que ele goste de experimentar coisas novas, comida, arte, paixão. Coisas novas que enalteçam os sentidos, que nos façam sentir mais apaixonados um pelo outro. Quero que ele tente mais uma vez gostar de algo que não gosta, porque aprendemos a gostar de coisas todos os dias, e quero acreditar que ele consegue amar de novo. Quero que ele me fale ao ouvido e me dê beijinhos no pescoço. Quero que ele leia o jornal e goste de falar do mundo e das pessoas e das coisas. Quero que ele goste de dançar e de comer farturas na feira. Quero que ele me faça surpresas e quero que ele se deixe surpreender por mim. Quero conhecer o mundo com ele. Quero tirar muitas fotografias e nem um vídeo, apenas memórias. Quero comer chocolate da barriga dele e quero beber sumo de laranja a dois, pela manhã, numa varanda virada ao sol. Quero senti-lo em todos os poros, quero intoxicar-me do seu sabor e do seu cheiro. Quero levá-lo comigo, mesmo quando ele não está. Quero sentir-me eu, sendo dele. Quero construir em conjunto, quero criar algo nosso. Quero a loucura de senti-lo na minha pele numa noite de amor, e a serenidade da sua companhia no escuro, em silêncio, no cinema.

Quero cumplicidade e diferença. Quero compreensão e discussão. Quero amor e amizade.
Quero uma metade, quero o resto de mim.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

random thoughts

Gosto de me sentir inspirada. E, ao contrário do que seria expectável, não é difícil me sentir inspirada.
Imagens, sons, cheiros, pessoas, conversas e principalmente acções e emoções.

Gosto dos sorrisos, do esforço extra e da palavra obrigado. Gosto do que significa. Só não gosto de ouvi-la muitas vezes de pessoas que quem realmente gosto, não faço as coisas que faço por obrigação, mas por amor. E o amor nunca se agradece. Aceita-se. Quando se sente de volta, retribui-se. Mas nunca se agradece.

Gosto de imagens e de coisas bonitas. Gosto de coisas mágicas. Livros e fantasia, histórias que não são reais em mais lado algum, além de na minha cabeça.

Gosto da linha do rosto dos homens. Gosto do cabelo das mulheres. Gosto de olhares. De todos. Sem excepção. Os tristes e os sedutores, os sinceros e os alegres. Os que pedem socorro e os que dizem, estou bem. 

Gosto de pessoas boas. E gosto de acreditar que existem pessoas más. É verdade e mais vale acreditar para as conseguir distinguir entre a multidão.

Gosto de sentir. Gosto das vibrações que as pessoas emitem. Gosto de perceber as pessoas pela tonelada de informação que elas emitem com um simples Olá. Já sei quem são antes até de falarem. Não é uma ciência exacta, mas é uma ciência que domino relativamente. É inato, não aprendido.

Gosto de gostar de pessoas. Gosto que gostem de mim. 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

lazy autumn afternoon...

E quando, à tarde, olhamos o céu está tudo escuro. Apenas sopra um vento delicado que nem assobia, apenas abana as folhas mais bailarinas. Existe no ar um conforto familiar misturado com o cinzento a dar ares de chuva.
Suspiro. Inspiro fundo e sorrio, ao reconhecer aquela parte de mim que colecciona memórias vivas. Aquela parte de mim que grava estes momentos no canto das memórias doces. As memórias doces são aquelas que recuperamos quando temos um dia negro ou uma surpresa boa. As memórias doces são aquelas pequenas coisas na vida que fazem as grandes coisas valer a pena. São os sorrisos sem razão aparente e são as lágrimas quentes de comoção. As memórias doces são a nossa aceitação que não somos mais do que um pontinho, uma peça num puzzle de milhões.
Tenho muitas memórias doces, faço questão disso!

O teu abraço, o teu sorriso, o teu obrigada e ainda o teu, gosto de ler o que escreves. Sim, estou a falar de ti, que estás a ler. Tu és provavelmente a minha memória mais doce. Alguma coisa que passámos juntos ou vivemos juntos. (suspiro e sorriso, ao mesmo tempo)

Não estou a falar daquela festa ou naquele jantar, estás enganado. Estou a falar daquele segredo e daquele sorriso. Do bolo e do copo de leite, da desilusão que ficou mais leve depois de partilhada, do medo e da força vais conseguir.
Estou a falar do silêncio, a minha memória doce preferida! Estou a falar do milhar de coisas que partilhamos quando apenas olhamos um para o outro, ou quando olhamos juntos para alguém, ou alguma coisa. Estou a falar de gargalhadas e de piadas secas. Estou a falar de conforto e cumplicidade. Agora, já acreditas que falo de ti? Sim, estou a falar de ti desde o início.

Gosto das minhas memórias doces porque gosto de pessoas, de locais e da natureza. Gosto do vento e do mar e do sol e gosto acima de tudo de pessoas, como tu e diferentes também. Gosto das diferentes porque aprendo coisas novas com elas e gosto de ti porque me revejo nas tuas coisas.

Gosto de memórias doces, são as melhores, são as que constroem, são as que moldam e acima de tudo são as mais verdadeiras.

Este texto foi uma memória doce.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

that is my gift, to see beauty between the lines...

Tudo muda e dá a volta, muitas vezes para terminar no mesmo sítio.

A alegria e a tristeza, a euforia e o desespero. A loucura e a solidão.

O amor. Nunca lógico, sempre louco e desesperado, porque um amor calmo e compreensivo será sempre insuficiente, porque a loucura é que o define. E tudo o que fica aquém do absoluto não chega. Porque tudo o que é quase, não é nada.

Vem, mesmo que por uns instantes.

Prefiro, sempre, pouco de tudo do que muito de nada.

Vem, destrói. Construir-me novamente será a minha penitência pela audácia de te sentir.


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

There's no place like home

Quando estamos na adolescência não há nada que desejamos mais do que terminar o secundário e sair da terrinha.
Tudo no sítio onde nascemos é claustrofóbico e limitante. Não vemos a beleza, nem a familiaridade de todos os locais, do sítio de conhecemos. Só queremos sair dali, ir viver os nossos sonhos!

Longe estamos de perceber que os nossos sonhos não passam tão longe dali como pensámos.

Vamos para a faculdade, vamos para longe. E sentimos saudades de casa. Mas eu queria tanto ir embora....

A verdade é que apesar de querermos a nossa vida longe daquele lugar, nunca estaremos completos sem ele. Não sobreviveríamos se vivêssemos no mesmo lugar para sempre, mas será igualmente verdade que não sobreviveríamos sem voltar a ele de vez em quando.

Temos que voltar a casa, para arrumar as ideias sempre, seja a nossa casa uma aldeia, uma cidade ou uma pessoa. Porque a casa faz parte de quem sonhamos ser e de quem somos realmente, ela é a ténue relação entre o que somos e o que sempre sonhámos ser.

A ligação entre o que é e o que será.


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O início

Começou a ideia ontem. Começou a escrita hoje.

Faço-o sem qualquer pretensão de ter sucesso, apenas quero terminar as páginas que já comecei.

Não sei se a história é boa, nem sei se é assim que se faz, mas estou com vontade de escrever. E fá-lo-ei até contar a história que alinhavei na minha cabeça.

Estou com medo de não conseguir chegar ao fim. Estou com medo de que seja uma história tão má que ninguém goste. Tenho medo de me cansar e desistir a meio. Mas luto contra esse medo e conto a minha história. A história de uma vida aparentemente normal e realizada, mas que descobre o elemento que falta para a felicidade, o amor.

Não sei se vos falarei mais alguma vez deste livro que comecei a escrever. Não sei o que é suposto acontecer quando estamos a escrever. Mas no fim, se lá chegar, dir-vos-ei e espero que sintam orgulho em mim. Em parte é por vossa causa que o faço. Obrigada por isso.


Não tem título ainda.