quarta-feira, 10 de outubro de 2012

lazy autumn afternoon...

E quando, à tarde, olhamos o céu está tudo escuro. Apenas sopra um vento delicado que nem assobia, apenas abana as folhas mais bailarinas. Existe no ar um conforto familiar misturado com o cinzento a dar ares de chuva.
Suspiro. Inspiro fundo e sorrio, ao reconhecer aquela parte de mim que colecciona memórias vivas. Aquela parte de mim que grava estes momentos no canto das memórias doces. As memórias doces são aquelas que recuperamos quando temos um dia negro ou uma surpresa boa. As memórias doces são aquelas pequenas coisas na vida que fazem as grandes coisas valer a pena. São os sorrisos sem razão aparente e são as lágrimas quentes de comoção. As memórias doces são a nossa aceitação que não somos mais do que um pontinho, uma peça num puzzle de milhões.
Tenho muitas memórias doces, faço questão disso!

O teu abraço, o teu sorriso, o teu obrigada e ainda o teu, gosto de ler o que escreves. Sim, estou a falar de ti, que estás a ler. Tu és provavelmente a minha memória mais doce. Alguma coisa que passámos juntos ou vivemos juntos. (suspiro e sorriso, ao mesmo tempo)

Não estou a falar daquela festa ou naquele jantar, estás enganado. Estou a falar daquele segredo e daquele sorriso. Do bolo e do copo de leite, da desilusão que ficou mais leve depois de partilhada, do medo e da força vais conseguir.
Estou a falar do silêncio, a minha memória doce preferida! Estou a falar do milhar de coisas que partilhamos quando apenas olhamos um para o outro, ou quando olhamos juntos para alguém, ou alguma coisa. Estou a falar de gargalhadas e de piadas secas. Estou a falar de conforto e cumplicidade. Agora, já acreditas que falo de ti? Sim, estou a falar de ti desde o início.

Gosto das minhas memórias doces porque gosto de pessoas, de locais e da natureza. Gosto do vento e do mar e do sol e gosto acima de tudo de pessoas, como tu e diferentes também. Gosto das diferentes porque aprendo coisas novas com elas e gosto de ti porque me revejo nas tuas coisas.

Gosto de memórias doces, são as melhores, são as que constroem, são as que moldam e acima de tudo são as mais verdadeiras.

Este texto foi uma memória doce.

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